sábado, 14 de agosto de 2021

Link para Estertores da guerra no spotify

 

https://open.spotify.com/episode/1xSNKXnroVEJxzc2Jb3BBQ?si=X55XG1qoRXaki68Yc4PwKQ&utm_source=whatsapp&dl_branch=1


https://www.feiranovosautoresbaianos.com.br/




quinta-feira, 10 de junho de 2021

Estertores da Guerra


Poema "Estertores da Guerra" publicado em E-book pela Feira dos Novos Autores Baianos, e também em e-book na voz de Melissa Bonfim, disponível em: https://www.feiranovosautoresbaianos.com.br/

















quarta-feira, 17 de março de 2021

Horário de visitas

  Horário de visitas

Encontram-se no hospital, no horário de visitas, dona Justiça com as trigêmeas, idosas, Política de direita, Política de esquerda e Política de centro. Visitam a jovem Democracia que está no leito de hospital com a saúde debilitada. Em um canto afastado estavam o Sr. Negacionismo e a velha Ignorância próximos da cama com a Dona Morte. Naquele clima pesado, para descontrair, a Política de centro pergunta à Justiça como ela havia chegado até ali sozinha. A Justiça rindo marota destacou que não era cega, apenas usava a venda para fazer um papel, atriz que era. A irmã Política de direita riu discretamente e com um aceno de cabeça mostrou que entendia o recado. Tentando manter a conversa, a Política de direita pergunta sobre a balança desequibrada e a espada com dois fios. A Justiça, entendendo o jogo das irmãs Políticas, pensou em dizer que a balança servia para pesar o poder do lado que melhor pagasse e a espada para cortar dos dois lados conforme a conveniência, mas só esboçou um sorriso amarelo, lembrando a Ética que esperava lá fora. A Política de esquerda nem teve tempo de perguntar alguma coisa, quando a conversa mudou o foco, ao entrar no quarto, de supetão, a Verdade, que cumprimentou a Justiça sem muito entusiasmo. A irmã Política de esquerda não perdeu tempo e a inclui no papo: dirige-se à Verdade perguntando sobre seu vestido tão longo, e se não era mais conveniente estar nua já que no recinto estavam a Justiça, a Morte e elas mesmas, as trigêmeas Políticas. A Morte vendo a Verdade enrubescer aproximou-se, calada, das irmãs Políticas, apontando para o relógio que pendia da parede, que contava as horas, impassível. Em seguida apontou para o canto abaixo onde estava sua foice amolada, perto da cabeceira da Democracia. Naquele instante  fez-se um silêncio sepulcral e no quarto ouvia-se apenas a respiração fraca da moribunda.  

I.C. 17/03/2021

Estrela da esperança

 


terça-feira, 9 de março de 2021

A Dança

Poema publicado na coletânea Escritas Sertanejas, pela Editora Ritus e organizado por Ivan Santtana, 2020.

 

O Açude

Poema publicado na coletânea Escritas Sertanejas, pela Editora Ritus e organizado por Ivan Santtana, 2020.

 

Êh Sertão!

 

Poema publicado na coletânea Escritas Sertanejas, pela Editora Ritus e organizado por Ivan Santtana, 2020.


segunda-feira, 8 de março de 2021

Revolução dos bichos

 

Revolução dos bichos

Um pato amarelo já vinha tramando com alguns tubarões
E peixes menores por fora da cerca
Se articulando em conspiração
Fazendo dancinha
Rebanho bovino
De verde e amarelo velha seleção
Verdes periquitos
Louros papagaios
Dando faniquito de prontidão
Dois carcarás e uma cacatua
Num transe esquisito com medo da cobra fez a encenação
Trezentas hienas
Com sessenta bodes
E sete raposas
Queriam a anta e certo molusco fora do jogo talvez na prisão
Com águias do norte no alto comando
Com onze urubus a hora esperando
Soldado carneiro e o cabo falcão
Sutis ratazanas
Mandando mensagem
Forjando o crime para acusação
Cachorros ferozes
Contra as araras
Em firme vigília
Na detenção
E tolo marreco fazendo peru com martelo mão
Golpe na fazenda
Em pleno curral
No grande acordo biNacional
 
08/03/2021
 

Arremedos de Haikai

 



Crepúsculo